Hoje estou trazendo a primeira crítica da estreia de uma webnovela do MV aqui no blog. E para você que começou a acompanhar o blog por causa das resenhas de livros e séries que eu fazia um tempo atrás ou, então, sobre os textos que comecei recentemente sobre doramas Bls, antes de eu ir para a minha opinião sobre “Mulher do Fim do Mundo” irei explicar rapidamente o que é uma webnovela.


WEBNOVELA: Geralmente quando falo em webnovela ou até mesmo em websérie, as pessoas logo completam com a seguinte frase “ah, mas, então, é uma fanfic?” e não. Pode acontecer de ser, como, por exemplo, as webnovelas que tem no site Fanfics Brasil que são todas calcadas nos shipp de RBD, essas eu considero fanfics, mas geralmente não, webnovelas não são fanfics.
São histórias escritas por escritos online que gostam do gênero, alguns querem escrever para a televisão e outros veem isso como uma diversão ou um escape da realidade. O comum é que essas histórias sejam apresentadas num formato de roteiro ou próximo, mas pode acontecer de serem apresentadas na narrativa clássica da prosa.
Entenderam do que se trata uma webnovela? Muito bem, agora eu vou para o tópico em si.


E para começar com as críticas, vamos para um folhetim digital que estreou essa semana no site OnTV, sita do qual eu sou administrador atualmente, mas isso não vai afetar a minha sincera opinião sobre a trama. Como eu sempre faço com séries e filmes, até mesmo com os livros, primeiro vou dar uma geral sobre a história e depois partir para minhas considerações.
A trama segue Gení, uma moça pobre e negra do interior de São Paulo que trabalha na casa do prefeito da cidade, João Acanhado. Ela acaba se apaixonando e se casando com o filho do prefeito, Ricardo, mas quem não gosta nada disso é a matriarca da família, Branca. Acontece que vai acontecer uma coisa que levará Ricardo para longe de Gení e isso será o ponto de partida para que Branca infernize a moça. Vou contar até aqui porque, talvez, você possa considerar spoiler… Mesmo que tenha tudo praticamente resumido na sinopse da obra.
A base é o clássico de um folhetim romântico, a protagonista pobre e sofredora e o amor da sua vida, o homem rico e a mãe dele como a personagem que antagonizará esse casal. Porém, nessa história escrita por Bruno Rodrigo as coisas acabam acontecendo de uma forma um pouco diferente. Gení e Ricardo chegam a se casar, o que geralmente aconteceria no final da trama, toda a fase sofredora da nossa mocinha, então, vai acontecer algum tempo após esse casamento.
Como eu já disse ali em cima, Ricardo vai ter que se afastar da esposa, mas isso não entra nesse primeiro capítulo. É importante dizer para os próximos.
O primeiro capítulo de “Mulher do Fim do Mundo” se preocupa em contar a trajetória do casal, enfrentando o preconceito da cidade e da vilã por serem um casal formado por um homem branco e uma mulher negra. A narrativa do autor constrói esse cenário de época, principalmente em seus diálogos. Somos apresentados aos outros personagens da história também, mas por enquanto não são tão importantes para eu perder algumas linhas com eles, todavia, todos os que ganham destaque nesse começo são colocados em sua caixa de personalidade.
Destaque para Branca que apareceu vestida apenas de preto do casamento do filho, para simbolizar seu luto racista por ver o único filho homem se casando com uma mulher negra.


A gente acompanha o início da história de Gení querendo saber o que tem mais para vir. A narrativa básica de qualquer folhetim sem muitas firulas mostra que o autor está preocupado em contar uma boa história também e essa parece ser um prato cheio para quem gostar de sofrer com a protagonista, se emocionar com seu caminho sofrido e depois sorrir no final. Talvez você não goste por parecer uma trama que está preocupada em ser polêmica, como muitas webnovelas tentams parecer apenas para atrair leitores, mas não é esse o caso. Uma história universal sendo apresentada de uma maneira diferente, uma boa pedida para quem gosta de assistir ou ler aquela boa novela clássica.