Como a maioria das séries BL que acabo gostando e me apaixonando,
“Gameboys” comecei a assistir esperando nada, absolutamente NADA!
Mesmo que todo meu Facebook ou Twitter estivessem falando bem dessa
série, eu estava sem expectativas. E isso tem um fundamento, um
motivo e irei falar em seguida, depois de dar um geral sobre a
história dessa série filipina! Isso mesmo meus queridos, desta vez
não é um boy’s love da Tailândia, noups…
Essa série está inserida em nossa realidade, o que eu quero dizer
com isso? Ela é dessa nova safra de produções audiovisuais que
seus roteiros específicos existem apenas por conta da COVID19 e do
lockdown em alguns lugares do mundo… Ai como eu queria uma dessas
no Brasil. Não falei qual eu queria.
A história se passa durante o lockdown lá nas Filipinas, a gente
começa com Cairo que acabou de perder uma partida do jogo do qual
ele faz lives, ele descobre que a pessoa para quem ele perdeu é um
garoto muito bonito chamado Gavreel. E esse garoto muito bonito fez
tudo isso para chamar a atenção de Cairo porque ele está a fim
dele.
Toda a narrativa e a estrutura dessa produção existe por conta do
coronavírus, talvez toda a narrativa não, mas a história e o plano
de fundo dos personagens sim. Não quero afirmar a narrativa porque
vá saber se não existiram alguns produtos desse tipo. A sitcom
“Modern Family” tem um episódio com essa narrativa. E qual é
essa narrativa que estou repetindo e não explicando nada?
Todo o episódio, todos episódios até agora são com chamadas de
vídeos. Os personagens interagem através de chamada de vídeo, eles
trocam mensagens de textos, a história anda através de stories e
publicações no Facebook genérico, no Instagram genérico e no
Google genérico. Isso é justificável, além da distância de quase
três horas entre os personagens, também pelo fato de que as duas
cidades (não lembro o nome) estarem em quarentena.
A questão da doença está presente na trama, principalmente na
trama do Cairo, mas não quer dizer que todo episódio seja sobre
isso, na verdade isso é mais explorado por uns três ou quatro
episódios e isso faz parte da evolução dos protagonistas como um
casal. Tudo é feito de uma forma tão sensível que fiquei até
emocionado. Olha, desde do meu último ataque nervoso que eu fiquei
mais vulnerável a cenas tocantes, porém não quero tirar o mérito
dos atores, do roteiro e da edição.
Deve ser muito difícil fazer uma série assim porque eles não estão
ali cara a cara. Pelo vídeo do canal do Kokoy de Santos (Gavreel),
ele grava da casa dele, remotamente é claro, mas o menino que faz o
Cairo está lai enxergando ele e vice-versa, pelo menos foi isso que
entendi.
Enquanto eu passava o texto do LibreOficce para cá, a caixa do Blogger, lembrei de uma coisa que me esqueci de falar, mas é mais uma curiosidade mesmo. Bom, acontece que as Filipinas durante um tempo foi colônia espanhola e depois, pelo o que parece, também foi dos EUA. A gente vê isso no linguajar dos personagens, linguajar não, me desculpe... No vocabulário, eu digo vocabulário porque palavras como "pero", "cocina" e "problema" são muito presentes e também fazer parte da frase e não são usadas como gírias. Igual as palavras em inglês. Você vai acabar aprendendo isso ao assistir "Gameboys" que o filipino tem heranças espanhola e que o inglês é muito, muito presente mesmo, nas conversações. Principalmente entre os mais jovens.
“Gameboys” é o tipo de série que vale a penas você acompanhar
pelos personagens, pela história um tanto clichê, mas é aquele
clichê feito de uma forma diferente. Todo episódio tem ali um
gancho para te prender para o próximo. Tem a presença do
ex-namorado que é vilão, tem pais compreensivos aceitando o filho
gay, tem aquela amiga que você gostaria que fosse sua. Vale a penas
pela experiência de acompanhar uma série feita toda através por um
Facebook genérico.
Ainda está no ar, no começo seriam apenas 10 episódios, mas
recentemente foram anunciados mais episódios e a série vai fechar
com 13. Vou deixar aqui o link do primeiro episódio no YouTube para
quem quiser assistir. Lembrando que você pode colocar legenda em
português, okay?
0 Comentários